Atitude Mental: Por que trabalhar a mentalidade é essencial para o bem-estar na gravidez e na maternidade

Atitude mental na gravidez e maternidade: adota a mentalidade de crescimento, reduz a ansiedade e ganha resiliência com dicas práticas para o teu bem-estar.

Atitude Mental: Por que trabalhar a mentalidade é essencial para o bem-estar na gravidez e na maternidade

Ser mãe é um dos maiores desafios da vida — exige do corpo, da mente e do coração.
E, nesse processo, trabalhar a nossa atitude mental (mentalidade ou mindset) torna-se não apenas relevante — torna-se transformador.
Afinal, não é o que nos acontece que define o nosso caminho, mas sim como escolhemos (re)agir.


O que é a atitude mental?

A atitude mental é o conjunto de crenças, atitudes e padrões de pensamento que moldam a forma como vemos o mundo, a nós mesmas e as nossas possibilidades.
Ela influencia a forma como interpretamos experiências, respondemos a desafios e aproveitamos oportunidades.

A psicóloga Carol Dweck, referência mundial neste tema, diferencia dois grandes tipos de mentalidade:

  • Mentalidade Fixa / Atitude Mental fixa: acredita que as qualidades pessoais — como talento, inteligência e capacidade de recuperação — são estáticas e imutáveis.
  • Mentalidade de Crescimento / Atitude Mental progressiva: acredita que essas qualidades podem ser desenvolvidas com esforço, persistência, prática, apoio e aprendizagem.

Por que é importante trabalhar a atitude mental?

Especialmente na maternidade, quando os dias são longos, as noites curtas e as expectativas elevadas, a mentalidade molda:

  1. Como enfrentamos os desafios
    Ao adotar uma mentalidade de crescimento, vemos a dificuldade como uma oportunidade de aprender — seja retomar a forma física, estabelecer ritmos de sono ou descobrir o autocuidado que funciona para nós.

  2. Como interpretamos os obstáculos
    Os obstáculos (cansaço, insegurança, críticas) vão surgir — é a vida a acontecer.
    A mentalidade de crescimento permite resistir, adaptar e crescer, em vez de sucumbir aos medos interiores.

  3. Como lidamos com o esforço
    Estabelecer rotinas de amamentação, procurar autocuidado ou retomar o exercício não são tarefas perfeitas à primeira tentativa — o esforço constante, ainda que imperfeito, é o que constrói resiliência.

  4. Como reagimos às críticas
    Críticas de familiares ou de fora podem magoar profundamente e, por vezes, levar a sentimentos de culpa.
    Mas podemos escolher ouvir, refletir, reter o que é útil e continuar confiantes no que aprendemos — sem nos auto-julgarmos como “incapazes”.

  5. Como vemos o sucesso alheio
    Ver outras mães que parecem “ter tudo sob controlo” pode gerar inveja ou frustração — ou pode servir de inspiração.
    A mentalidade de crescimento permite-nos aprender com exemplos, sem nos diminuirmos.


Dicas práticas para cultivar uma mentalidade de crescimento

  • Reconhece pensamentos fixos: “Nunca vou conseguir”, “Se não sair perfeito, é porque falhei”. Questiona-os.
  • Usa afirmações simples: “Cada pequeno passo conta”, “É normal não saber tudo agora”, “Posso aprender e treinar isto aos poucos”.
  • Procura e aceita apoio — conversa com outras mães, profissionais de saúde ou mentores.
  • Define metas pequenas e alcançáveis: uma rotina de autocuidado, alguns minutos de exercício, melhorar a alimentação.
  • Regista no fim do teu dia: O que me tirou energia? O que tentei fazer? Que pequena vitória tive? — este hábito ajuda a perceber progresso e reforça crenças de crescimento.

Consciência e escolha – o caminho para a mudança

Todos nós alternamos naturalmente entre atitudes mentais fixas e de crescimento — elas não são estados permanentes, mas respostas que emergem conforme o momento, o contexto e até o nosso estado emocional.
Essa oscilação é normal e humana.

Ao desenvolvermos consciência sobre os nossos padrões de pensamento, ganhamos poder de escolha: podemos observar as nossas reações automáticas, questioná-las e adotar deliberadamente a postura que mais favorece o nosso bem-estar e objetivos.

Com prática e atenção, a mentalidade deixa de ser algo que “nos acontece” e passa a ser uma ferramenta moldada por nós para criar as oportunidades e os resultados que desejamos.

Trabalhar a atitude mental não é um “luxo” — é tão essencial quanto o sono, a alimentação ou os cuidados do bebé.
A nossa atitude mental decide se permitimos que os desafios nos fortaleçam ou que nos aprisionem.

Escolher trabalhar a atitude mental é optar, todos os dias, por focar nas possibilidades em vez das limitações.
É essa abertura de olhar que nos permite recuperar não apenas o corpo, mas também a confiança, a alegria e a plenitude.


“As atitudes mentais são apenas crenças. Crenças poderosas, mas apenas uma coisa na nossa mente — e nós podemos mudar a nossa mente.”
— Dra. Carol S. Dweck, in Mindset – A Atitude Mental para o Sucesso


Carlota Lavinas

Carlota Lavinas
Carlota Lavinas

Sou a Carlota Lavinas, com formação em Medicina (2012) e em diversas áreas do desenvolvimento pessoal (coaching, inteligência emocional, neuroestratégia, hipnose...). Apaixonada por estudar e partilhar conhecimento que promova crescimento e melhoria contínua. Na Clínica Matriz, facilito jornadas de autoconhecimento, mudanças de estilo de vida e desenvolvimento emocional rumo a uma vida mais consciente e alinhada.

Publicado em 21 de setembro de 2025

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