Histerossonossalpingografia

Queres saber se as trompas estão permeáveis? Entende como funciona a histerossonossalpingografia, quando é indicada e como te preparar este exame.

O que é a histerossonossalpingografia?

A histerossonossalpingografia é um exame ecográfico ginecológico indicado para avaliar a cavidade uterina e a permeabilidade das trompas de Falópio.
É um método minimamente invasivo, sem radiação e de alta fiabilidade, muito utilizado no estudo da infertilidade feminina e de alterações do útero.

Objectivo da histerossonossalpingografia

A histerossonossalpingografia permite identificar:

  • Obstruções ou alterações das trompas de Falópio, que podem dificultar a concepção;
  • Malformações uterinas;
  • Pólipos endometriais, miomas submucosos e sinequias (aderências);
  • Alterações da cavidade endometrial que possam justificar infertilidade ou perdas gestacionais recorrentes.

Como é realizada a histerossonossalpingografia

  1. A paciente é colocada em posição ginecológica.
  2. O ginecologista realiza uma avaliação ecográfica transvaginal inicial para observar o útero e os ovários.
  3. De seguida, é introduzido um cateter fino e flexível através do colo do útero.
  4. Através do cateter, o ginecologista injecta uma espuma que actua como meio de contraste.
  5. Durante a injeção, realiza-se a ecografia transvaginal em tempo real e observa-se o enchimento da cavidade uterina e o trajecto do líquido pelas trompas até à cavidade pélvica.

A observação direta do fluxo do contraste permite determinar se as trompas estão permeáveis (abertas) ou obstruídas.

O exame tem uma duração média de 20 a 30 minutos.

Sensações e conforto

A histerossonossalpingografia é geralmente bem tolerada.
Pode provocar cólicas ligeiras semelhantes às menstruais, causadas pela passagem do cateter ou pela distensão uterina.
O desconforto é variável de pessoa para pessoa e, quando necessário, pode ser administrada medicação analgésica leve conforme prescrição médica.

Preparação para a histerossonossalpingografia

A preparação adequada é essencial para garantir a qualidade do exame e minimizar desconfortos:

  • Momento ideal: realizar entre o 7.º e o 10.º dia do ciclo menstrual, após o fim da menstruação e antes da ovulação.
  • Medicação: tomar ibuprofeno 400 mg (ou equivalente) cerca de 1 hora antes do exame, salvo contraindicação médica.
  • Jejum: não é necessário.
  • Atividade sexual: evitar relações sexuais nas 72 horas anteriores, para excluir a possibilidade de gravidez.

Contraindicações da histerossonossalpingografia

Este exame não deve ser realizado em casos de:

  • Suspeita de gravidez;
  • Infeção pélvica ativa;
  • Hemorragia vaginal no dia do exame;
  • Alergia conhecida aos componentes utilizados no contraste (hidroxietilcelulose ou glicerol);
  • Dispositivo intrauterino (DIU), quando clinicamente contraindicado.

Riscos e segurança

Trata-se de um exame seguro e com baixa taxa de complicações.
Em situações pouco frequentes, podem ocorrer:

  • Dor pélvica mais intensa ou prolongada;
  • Tontura ou reação vasovagal durante o exame;
  • Infeção pélvica, geralmente associada a patologia tubária pré-existente.

Se surgirem sintomas como febre, dor intensa ou corrimento com odor, a equipa médica deve ser contactada.

Após o exame

O resultado da histerossonossalpingografia é interpretado por um médico ginecologista especializado em imagiologia pélvica. A paciente recebe um relatório descritivo, acompanhado de imagens ecográficas. Os resultados são habitualmente discutidos no próprio dia, integrando-se na avaliação global da fertilidade feminina.

É possível retomar as atividades habituais de imediato. Pode haver ligeiro desconforto pélvico ou pequeno corrimento sanguinolento nas horas seguintes, considerados normais.

Histerossonossalpingografia na Clínica Matriz

A histerossonossalpingografia é realizada por ginecologistas experientes, em ambiente reservado e com apoio técnico especializado.
O objetivo é oferecer um exame rigoroso e confortável, com precisão diagnóstica.


Duração média: 20–30 minutos
Método: ecografia transvaginal com contraste
Radiação: inexistente
Recuperação: imediata