Queres saber se as trompas estão permeáveis? Entende como funciona a histerossonossalpingografia, quando é indicada e como te preparar este exame.
O que é a histerossonossalpingografia?
A histerossonossalpingografia é um exame ecográfico ginecológico indicado para avaliar a cavidade uterina e a permeabilidade das trompas de Falópio.
É um método minimamente invasivo, sem radiação e de alta fiabilidade, muito utilizado no estudo da infertilidade feminina e de alterações do útero.
Objectivo da histerossonossalpingografia
A histerossonossalpingografia permite identificar:
- Obstruções ou alterações das trompas de Falópio, que podem dificultar a concepção;
- Malformações uterinas;
- Pólipos endometriais, miomas submucosos e sinequias (aderências);
- Alterações da cavidade endometrial que possam justificar infertilidade ou perdas gestacionais recorrentes.
Como é realizada a histerossonossalpingografia
- A paciente é colocada em posição ginecológica.
- O ginecologista realiza uma avaliação ecográfica transvaginal inicial para observar o útero e os ovários.
- De seguida, é introduzido um cateter fino e flexível através do colo do útero.
- Através do cateter, o ginecologista injecta uma espuma que actua como meio de contraste.
- Durante a injeção, realiza-se a ecografia transvaginal em tempo real e observa-se o enchimento da cavidade uterina e o trajecto do líquido pelas trompas até à cavidade pélvica.
A observação direta do fluxo do contraste permite determinar se as trompas estão permeáveis (abertas) ou obstruídas.
O exame tem uma duração média de 20 a 30 minutos.
Sensações e conforto
A histerossonossalpingografia é geralmente bem tolerada.
Pode provocar cólicas ligeiras semelhantes às menstruais, causadas pela passagem do cateter ou pela distensão uterina.
O desconforto é variável de pessoa para pessoa e, quando necessário, pode ser administrada medicação analgésica leve conforme prescrição médica.
Preparação para a histerossonossalpingografia
A preparação adequada é essencial para garantir a qualidade do exame e minimizar desconfortos:
- Momento ideal: realizar entre o 7.º e o 10.º dia do ciclo menstrual, após o fim da menstruação e antes da ovulação.
- Medicação: tomar ibuprofeno 400 mg (ou equivalente) cerca de 1 hora antes do exame, salvo contraindicação médica.
- Jejum: não é necessário.
- Atividade sexual: evitar relações sexuais nas 72 horas anteriores, para excluir a possibilidade de gravidez.
Contraindicações da histerossonossalpingografia
Este exame não deve ser realizado em casos de:
- Suspeita de gravidez;
- Infeção pélvica ativa;
- Hemorragia vaginal no dia do exame;
- Alergia conhecida aos componentes utilizados no contraste (hidroxietilcelulose ou glicerol);
- Dispositivo intrauterino (DIU), quando clinicamente contraindicado.
Riscos e segurança
Trata-se de um exame seguro e com baixa taxa de complicações.
Em situações pouco frequentes, podem ocorrer:
- Dor pélvica mais intensa ou prolongada;
- Tontura ou reação vasovagal durante o exame;
- Infeção pélvica, geralmente associada a patologia tubária pré-existente.
Se surgirem sintomas como febre, dor intensa ou corrimento com odor, a equipa médica deve ser contactada.
Após o exame
O resultado da histerossonossalpingografia é interpretado por um médico ginecologista especializado em imagiologia pélvica. A paciente recebe um relatório descritivo, acompanhado de imagens ecográficas. Os resultados são habitualmente discutidos no próprio dia, integrando-se na avaliação global da fertilidade feminina.
É possível retomar as atividades habituais de imediato. Pode haver ligeiro desconforto pélvico ou pequeno corrimento sanguinolento nas horas seguintes, considerados normais.
Histerossonossalpingografia na Clínica Matriz
A histerossonossalpingografia é realizada por ginecologistas experientes, em ambiente reservado e com apoio técnico especializado.
O objetivo é oferecer um exame rigoroso e confortável, com precisão diagnóstica.
Duração média: 20–30 minutos
Método: ecografia transvaginal com contraste
Radiação: inexistente
Recuperação: imediata